15 de mar. de 2013

Ócio.

Estado de tempo, espírito, vazio, momentos.
Porque não dizer que uma constante muito rápida, profunda.
Um estado que pode trazer beneficios ou maleficios. Ou apenas nada.
Pessoas produtivas se utilizam desse recurso para transformar, criar ou construir novas ideias?!
Será que os grandes gênios da humanidade estavam ociosos quando descubriram ou criaram as coisas?
Ou será que o ócio nada mais serve como um tempo chato e improdutivo que nos leva ao enfadonho?
Como você o usa?

22 de fev. de 2013

Versos soltos


A cor da dor
reflete o cansaço
de ser aquilo que se vê

Nem todas as curvas são perfeitas
Como nem todos os risos são vibrantes
E a perfeição é uma inconstante.



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Pensamentos distantes refletem
 uma alma cansada
da vida fugaz forçada 

Cabeças, vozes, sorrisos, vazios
atrasos, reticências, paciência
Querer o impalpável

Uma alma aflita se fortalece
nas feridas do futuro incerto
Sem vida. 




Autor: Yara SR.

24 de jun. de 2012

Livros e o seu poder



  Estava no Facebook quando me deparo com uma postagem do Skoob , a rede social dos fãs de livros, de um trecho da Carta a Oscar Pollak do Franz Kafka e me identifico com o mesmo, o trecho diz o seguinte: (clique aqui e veja o post completo. )
  
     “Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados. Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio.” 


    Bom o trecho exprime exatamente uma opinião minha e talvez de milhares, que os livros que mais amamos, ou que nos vem na cabeça quase que automaticamente ao sermos perguntados sobre "qual seu livro favorito?" ou "qual livro você indica?" são aqueles que tocam o nosso âmago, que faz as lágrimas descerem pelo nosso rosto tão naturalmente que nem percebemos.
    São os livros que mudam nossa perspectiva de encarar o mundo, as pessoas, nossos sentimentos, angustias e dores. Que ao término dele nossa alma se alegra, nosso coração se aquece e nossa inteligência se abrange muito mais do que todos os outros já lidos.
    E não importa o tema abordado, o estilo lido, o autor utilizado se um livro for capaz de mudar você de tal forma, sinta-se abençoado por ter vivido algo tão profundamente tocante, e caso você ainda não tenha tido isso, continue procurando, existem milhares de livros em cada estante, em cada livraria, biblioteca, feira, talvez o SEU esteja apenas lhe esperando...
  

20 de jun. de 2012

O que eu li de " As Garotas de Vidro"

 Este post contem Spoilers sobre o livro "Garotas de Vidro". 


 Como havia postado semana passada( clique aqui ), iniciei a leitura de "Garotas de Vidro" da Laurie Halse Anderson, e terminei esse final de semana.


 O que posso dizer desta leitura é que é um livro intenso, bastante metafórico, com uma ligação entre o real e o imaginário perpassando a mesma linha, que muitas vezes causa confusão ao leitor. É totalmente retratado na visão da personagem principal,a Lia, que relata tudo, permitindo assim um maior entendimento dos seus sentimentos. Mas por um outro lado limita toda a história a apenas a sua opinião.
  Há vários momentos de sonhos e visões ocorrentes na vida da Lia, com sua melhor amiga e com sua doença.
  Com relação ao tema retratado no livro, os distúrbios alimentares, são temas ocorrentes em toda sociedade, Anorexia e Bulimia é uma realidade que não tratada e exposta da maneira correta leva milhares de mulheres e homens a morte. No livro a personagem expõe de maneira aberta e sem pudor o que um anoréxico é capaz de fazer e a maneira deturpada que ele possui de si mesmo, do seu corpo e dos alimentos. 
  Além do que a anorexia muitas vezes pode levar essas pessoas a fazerem, como a auto - mutilação, tema exposto de forma intensa no livro. Como exemplificado no trecho abaixo:

" A caixa se abre e as lâminas deslizam para fora, e sussurram com voz doce.
Antigamente meu corpo inteiro era minha tela - cortes quentes lambendo minhas costelas, degraus de escada escalando meus braços, ramos grossos de flor-de-cera se espalhando por minhas coxas...
Mas uma filha que abre seu próprio invólucro de pele, querendo deixar sua casca cair no chão para que ela consiga dançar? Aquilo era doentio. Sem cortes... "


 O final dele é o naturalmente esperado por qualquer pessoa e o que eu gostei bastante é que no final do livro a autora explica os motivos de te- lo feito, como ela o elaborou e quem ajudou.
 E a autora deixa uma frase muito importante e com um sentido que ultrapassa as fronteiras dos distúrbios alimentares:


      " A verdade nem sempre é o que enxergamos"